A manutenção da Selic em 10,50% ao ano faz com que o Brasil passasse a ter o 3º maior juro real –descontada a inflação– do mundo. A estimativa é de uma taxa anualizada de 7,36%. Antes, o país tinha o 2º maior percentual.
O Brasil só fica atrás de Turquia, que tem taxa de 12,13%, e da Rússia, com 7,55%. México (6,24%) e África do Sul (3,89%) fecham o top 5.
A projeção é “ex-ante”, quando as alíquotas anualizadas são estimadas com base nas estimativas da taxa básica e a inflação estimada para os próximos 12 meses. O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) é o responsável por definir a taxa básica de juros brasileira.
Os dados são do economista Jason Vieira, da consultoria MoneYou. Eis a íntegra (PDF – 273 kB) do relatório.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus aliados costumam usar o ranking dos juros reais para criticar o BC (Banco Central). Dizem que a manutenção da Selic em patamares elevados é um exagero.
A razão pela manutenção da taxa elevada é controlar a inflação. O crédito mais caro desacelera o consumo e a produção. Como consequência, os preços tendem a não aumentar de forma tão rápida.
O trabalho do Banco Central é levar a inflação para o centro da meta estabelecida, que é de 3%. Há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para 2024.
Juros Nominais
Em relação ao juro nominal –que não desconta a inflação–, o Brasil está na 6ª posição (10,50%). Fica atrás de Turquia (50,00%), Argentina (40,00%), Rússia (16,00%), Colômbia (11,75%) e México (11,00%).
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