A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 foi revista para baixo pela segunda semana consecutiva, passando de 5,66% para 5,65%. Embora a diminuição seja marginal, o valor ainda está consideravelmente acima da meta de inflação, que é de 3%, e do teto de 4,5%. No entanto, as previsões para o crescimento econômico foram revistas para baixo, com o Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 estimado em 1,98%, uma redução em relação aos 1,99% calculados na semana passada. A revisão ocorre em meio a um cenário de pressões sobre os preços administrados, como energia e combustíveis.
O boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (24), trouxe detalhes sobre essas revisões. Embora a expectativa para a inflação tenha diminuído um pouco, a projeção para os preços administrados, que incluem itens como combustíveis e energia elétrica, subiu de 5,05% para 5,06%. Esses preços, que são definidos por políticas do governo, continuam a ser um dos principais fatores de pressão sobre a inflação.
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Em relação ao crescimento econômico, a revisão para baixo do PIB representa a terceira alteração consecutiva desde o início do ano. A expectativa do mercado em relação ao desempenho da economia brasileira tem se mostrado mais pessimista, principalmente devido a fatores como a alta inflação, os juros elevados e o cenário de incerteza política e internacional. No entanto, as projeções de crescimento para 2026 se mantiveram estáveis, com o PIB projetado para esse ano em 1,60%, enquanto a expectativa de inflação subiu ligeiramente, de 4,48% para 4,50%.
No âmbito monetário, a expectativa do mercado é que a taxa Selic, atualmente em 14,25%, se mantenha nesse nível até o final de 2025. Para 2026, a previsão é de uma redução para 12,5%, refletindo as expectativas de uma menor pressão inflacionária no futuro. A estabilidade da Selic está em linha com as ações recentes do Banco Central, que aumentou os juros na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) como parte de uma tentativa de controlar a inflação.
A expectativa para o câmbio também foi ajustada, com o dólar projetado para 2025 caindo de R$ 5,98 para R$ 5,95, o que representa uma desvalorização de cerca de 7,5% ao longo do ano. Além disso, o superávit comercial do Brasil foi rebaixado, de US$ 76,7 bilhões para US$ 75,4 bilhões.