A Igreja Católica tem um novo líder: o cardeal Robert Francis Prevost, de 69 anos, foi eleito papa nesta quinta-feira (8), no segundo dia de Conclave no Vaticano. Ele assume o pontificado trazendo uma trajetória marcada pela experiência internacional, sensibilidade pastoral e forte alinhamento com as diretrizes do Papa Francisco. Durante o anúncio oficial, o cardeal responsável, Dominique Mamberti, revelou o nome escolhido pelo novo pontífice: Papa Leão XIV.
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Nascido em 14 de setembro de 1955, em Chicago, nos Estados Unidos, Robert Prevost é reconhecido como o “pastor de duas pátrias” devido à sua atuação missionária no Peru, durante a década de 1980. Essa vivência lhe proporcionou fluência em espanhol e um profundo entendimento da realidade da Igreja na América Latina, tornando-o um representante natural das Américas como um todo. O sucessor de Francisco será o 267° pontífice no cargo.
Visão internacional e papel estratégico na Cúria
Antes de sua eleição, Robert Prevost ocupava o cargo de Prefeito do Dicastério para os Bispos, um dos postos mais estratégicos do Vaticano. Nesse papel, teve participação direta na nomeação de bispos em diversas partes do mundo, além de desenvolver um conhecimento aprofundado sobre a estrutura da Igreja global.
Em uma entrevista anterior, Robert Prevost compartilhou sua perspectiva sobre a missão episcopal: “O bispo é chamado autenticamente para ser humilde, para estar perto das pessoas que ele serve, para caminhar com elas, para sofrer com elas e procurar formas de que ele possa viver melhor a mensagem do Evangelho no meio de sua gente.”
Desafios e perspectivas do novo pontificado
Apesar de sua vasta experiência e perfil alinhado ao de Francisco, a eleição de Prevost rompe uma tradição histórica: a resistência a eleger um papa norte-americano, motivada por preocupações geopolíticas. Além disso, sua atuação em processos internos envolvendo casos de abuso levantou críticas quanto à condução desses episódios, embora especialistas apontem seu compromisso com a transparência e o cuidado pastoral.
Robert Prevost também representa uma vertente progressista da Igreja americana, com forte aproximação de movimentos carismáticos e atenção a temas como justiça social e imigração — aspectos considerados centrais no pontificado de Francisco.
Membro da Ordem de Santo Agostinho, o novo papa traz consigo uma herança espiritual marcada pela contemplação e pela ação missionária. Em seu primeiro discurso como líder da Igreja, ele afirmou: “Sou filho de Santo Agostinho, sou agostiniano. Podemos continuar juntos em direção àquela pátria a qual Deus nos preparou.”
A fala foi seguida por um momento de oração coletiva, quando o novo Papa convidou os fiéis reunidos na Praça de São Pedro a rezarem juntos a Ave Maria, reforçando seu compromisso de caminhar junto ao povo de Deus.