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Câmara de Simplício Mendes gastou R$ 375,00 em uma recarga de gás; conduta levanta mais suspeitas de irregularidades

De acordo com o empenho n° 91001, datado de 1° de abril de 2025, a Câmara desembolsou R$ 375,00 para a compra de gás, valor suficiente para adquirir três botijões ao preço de mercado de R$ 110,00 cada.

Pablo Carvalho
Por: Pablo Carvalho Fonte: Redação Oeiras em Foco
03/06/2025 às 07h33 Atualizada em 03/06/2025 às 07h49
Câmara de Simplício Mendes gastou R$ 375,00 em uma recarga de gás; conduta levanta mais suspeitas de irregularidades
Paulo Rogério de Moura Luz, presidência da Câmara Municipal - (Foto: Oeiras em Foco)

A Câmara Municipal de Simplício Mendes, presidida pelo vereador Paulo Rogério – atualmente em seu terceiro mandato consecutivo –, voltou a ser alvo de críticas após a divulgação de um relatório técnico que aponta gastos desproporcionais com a aquisição de gás de cozinha (P-13).

De acordo com o empenho n° 91001, datado de 1° de abril de 2025, a Câmara desembolsou R$ 375,00 para a compra de gás, valor suficiente para adquirir três botijões ao preço de mercado de R$ 110,00 cada. O problema, segundo análise técnica obtida pela reportagem, é que o consumo institucional de gás na casa é extremamente baixo: há apenas um fogão de quatro bocas e um botijão, utilizados exclusivamente para preparar café durante o expediente da manhã e chocolate quente em dias de sessão – que ocorrem, em média, uma vez por semana.

VEJA A NOTA DE EMPENHO AQUI.

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Técnicos estimam que um único botijão seria suficiente para três a quatro meses de uso, o que significa que a aquisição feita cobre uma demanda estimada de nove a doze meses. A recomendação é de que o Ministério Público e o TCE-PI exijam explicações formais, além das notas fiscais detalhadas da compra. O Portal Oeiras em Foco vai ficar atento a isso.

O caso se soma a outros gastos questionáveis detectados na gestão de Paulo Rogério. Nos meses de março e abril de 2025, a Câmara empenhou mais de R$ 13 mil em combustíveis, valor também considerado elevado e que serve de contraste para mostrar o padrão de consumo e possível descontrole nas despesas operacionais da casa.

Enquanto moradores enfrentam dificuldades com serviços básicos no município, o legislativo parece caminhar em direção contrária à transparência e responsabilidade fiscal. A compra excessiva de gás de cozinha, embora de menor valor que os gastos com combustível, é simbólica: ela revela uma gestão descuidada com o dinheiro público, mesmo em itens de uso cotidiano e previsível.

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