Um grave caso de suposto abuso de poder por parte de policiais militares da 2ª Companhia do 14º Batalhão da Polícia Militar, com sede em Simplício Mendes, está sendo denunciado por familiares de jovens da cidade de Nova Santa Rita.
Segundo o relato de Francisco Júnior, pai de duas das vítimas, seus filhos e um amigo viajavam até Simplício Mendes na tarde de ontem (03/06) com o objetivo de comprar um veículo. Durante o percurso, o carro em que estavam capotou, e os três foram socorridos pelo SAMU e encaminhados para atendimento médico na cidade.
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Francisco afirma que, ainda durante o atendimento hospitalar, policiais militares chegaram ao local, recolheram os celulares dos jovens e, não encontrando nada suspeito, conduziram dois deles à delegacia. Lá, segundo o pai, os jovens teriam sido brutalmente agredidos com socos, chutes, coronhadas e até ameaças com arma de fogo. Um dos filhos teria sido forçado a simular relação sexual com o colega sob tortura física e psicológica.
Ainda de acordo com Francisco, após novas tentativas frustradas dos policiais de encontrarem algo ilícito no local do acidente, as agressões se intensificaram, com ameaças verbais e exigências para que os jovens confessassem crimes que não cometeram. Sem provas, os três foram levados de volta ao hospital, onde um deles conseguiu contato com o pai, que imediatamente buscou os filhos e os encaminhou para São João do Piauí, onde realizaram exames de corpo de delito e registraram boletim de ocorrência.
PM de Simplício Mendes se pronuncia
Diante da repercussão do caso, a 2ª Companhia do 14º BPM de Simplício Mendes divulgou uma Nota de Esclarecimento na manhã desta terça-feira (04/06). No documento oficial, o comandante da unidade, 1º Tenente PM Diego Rafael Rodrigues Damata, informou a abertura de procedimento investigatório para apurar, de forma transparente e imparcial, as denúncias divulgadas pela imprensa e redes sociais.
"O Comando da 2ªCIA/ 14ºBPM informa que instaurou procedimento investigatório para apurar de forma inequívoca e transparente as acusações veiculadas (...) e reforça o compromisso, a imparcialidade e o zelo de bem servir a sociedade", diz o trecho da nota assinada pelo comandante.
Próximos passos
O caso deve seguir para investigação da Corregedoria da Polícia Militar do Piauí e também poderá ser acompanhado pelo Ministério Público Estadual. A família das vítimas exige justiça e responsabilização dos envolvidos, enquanto cobra maior fiscalização sobre os procedimentos adotados por agentes públicos em abordagens e ações investigativas.
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