Em uma ação coordenada que destaca a crescente eficácia dos "observadores digitais" da Polícia Civil de São Paulo, um adolescente de 15 anos foi detido no município de Simplício Mendes, Piauí, na última quinta-feira (5). O menor é suspeito de planejar um "estupro virtual" a ser transmitido ao vivo em um grupo de rede social, além de propagar e incentivar atos de automutilação, tortura e violência contra animais.
A prisão foi realizada logo após o adolescente planejar um novo "desafio" no grupo. Segundo o Núcleo de Observação e Análise (Noad) de São Paulo, o menor não apenas promovia estupro virtual e automutilação, mas também coagia vítimas, por meio de ameaças, a torturar outras pessoas – frequentemente irmãos mais novos – e animais. Todos os atos deveriam ser gravados e compartilhados na comunidade digital, sob pena de vazamento de imagens e conversas comprometedoras.
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"Nós já estávamos acompanhando esse grupo há um tempo, fizemos ações pontuais, mas quando vimos que esse menino, que chama a atenção por ser extremamente violento, havia planejado o próximo ‘desafio’, nós imediatamente embasamos todas as conversas e imagens em um relatório e acionamos as autoridades do Piauí", explicou a delegada Lisandréa Salvariego, coordenadora do Noad.
As investigações revelaram que o adolescente utilizava dados cadastrais de sua avó para acessar as redes sociais onde propagava a violência. A atuação dos "observadores digitais" do Noad tem sido fundamental no monitoramento dessas plataformas, buscando coibir a disseminação de abusos que, conforme apurado, ocorrem especialmente durante a madrugada.
A delegada Salvariego ressaltou a importância do trabalho contínuo. "Esse enfrentamento contínuo trouxe um novo sentido para a madrugada. Cada vítima que a gente consegue ajudar e cada família que a gente consegue alertar sobre os perigos das redes, faz tudo valer a pena", completou.
A ação reforça a vigilância da Polícia Civil de São Paulo no combate aos crimes cibernéticos, especialmente aqueles que visam a exploração e a violência contra vulneráveis em ambientes digitais. O caso serve de alerta para os pais e responsáveis sobre os perigos das redes sociais e a necessidade de monitoramento da atividade online de menores.