Em entrevista ao GP1, nessa terça-feira (24), o ex-deputado estadual e presidente do diretório do PSDB no Piauí, Luciano Nunes, descartou qualquer possibilidade de deixar a sigla com vistas às eleições de 2026. As especulações surgiram após o tucano apoiar a candidatura de Fábio Novo (PT) à Prefeitura de Teresina, em 2024 — movimento político que surpreendeu parte da base tucana, uma vez que Luciano, por muitos anos, figurou como um dos principais nomes da oposição ao grupo governista estadual. O gesto foi interpretado por setores do meio político como um possível afastamento ideológico do PSDB ou até mesmo como um indício de reposicionamento partidário.
Já em 2025, Luciano Nunes chegou a sinalizar certa hesitação quanto à sua permanência na legenda e um flerte com a base governista, especialmente diante das dificuldades enfrentadas pelo PSDB em termos de sobrevivência institucional e perda de relevância eleitoral.
Contudo, Luciano esclareceu que, apesar do realinhamento político momentâneo, sua trajetória permanece vinculada exclusivamente à legenda tucana. "O PSDB foi meu único partido, é meu único partido. Eu me filiei em 2001 e estou aqui, estamos em 2025. Então, meus planos são seguir no PSDB”, garantiu Luciano ao GP1.
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O ex-deputado acrescentou que, no momento, sua posição está condicionada às deliberações internas da sigla em âmbito nacional. “Agora, tenho que aguardar as definições do partido. Qual será o futuro do PSDB nacional, que naturalmente repercute aqui no Estado do Piauí. Então, só irei tomar qualquer encaminhamento ou iniciar qualquer diálogo político a partir dessa definição nacional”, declarou.
O cenário das fusões partidárias e o reposicionamento do PSDB
Com o recuo nas negociações de fusão com o Podemos, a direção nacional do PSDB voltou a buscar alternativas estratégicas para sua sobrevivência institucional e relevância eleitoral. Atualmente, a legenda cogita a formação de uma federação partidária com o MDB e os Republicanos. Há também tratativas preliminares com o Solidariedade; contudo, nos bastidores, a união com o partido de Paulinho da Força (SP) é considerada improvável.
A fusão com o Podemos era vista por setores internos como uma tentativa de reposicionamento partidário — uma espécie de “tábua de salvação” diante do evidente processo de esvaziamento político-eleitoral do PSDB, que já foi protagonista no comando de importantes governos estaduais pelo país.
O fracasso da fusão: impasse no comando partidário
O colapso das negociações com o Podemos decorreu de divergências quanto à estrutura de governança da nova legenda. A presidente nacional do Podemos, deputada Renata Abreu, exigia controle absoluto da sigla unificada por um período de quatro anos, proposta classificada como “inaceitável” pelas lideranças tucanas.
O PSDB, por sua vez, defendia a implementação de um sistema de rodízio na presidência, a fim de garantir maior equilíbrio durante a fase de transição institucional. A falta de consenso sobre esse ponto foi determinante para o rompimento das conversações.