A federação entre Solidariedade e PRD foi oficializada nesta quarta-feira (25), em cerimônia realizada na Câmara dos Deputados, em Brasília, consolidando mais um movimento de reconfiguração no cenário político nacional.
A aliança, que passa a atuar como uma única agremiação partidária pelos próximos quatro anos, busca garantir a sobrevivência das siglas diante do endurecimento das regras da cláusula de barreira e da distribuição dos recursos do fundo partidário a partir de 2026.
No Piauí, a federação será comandada pelo ex-senador João Vicente Claudino, recém-filiado ao Solidariedade, ampliando o protagonismo do grupo no estado e fortalecendo a base do governador Rafael Fonteles (PT). O prefeito de Oeiras, Hailton Alves Filho, destacou que a união com o PRD não altera sua permanência no partido liderado no estado pelo deputado estadual Evaldo Gomes.
“Fomos muito bem acolhidos no Solidariedade e não temos motivos para deixar a sigla após a federação com o PRD”, afirmou o prefeito.
No plano nacional, a federação adota um discurso de distanciamento tanto do presidente Lula (PT) quanto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), cogitando apoio a uma candidatura de centro, como a do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), para 2026. No Piauí, porém, a expectativa é de manutenção do alinhamento com o governo estadual, reforçando a musculatura eleitoral da base governista local.